terça-feira, 20 de março de 2012

RESENHA CRÍTICA

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

EDUCAÇÃO INFANTIL E SUAS LINGUAGENS


RESENHA CRÍTICA DO LIVRO: LOPES, Amanda Cristina Teagno. Educação Infantil e registro de práticas. São Paulo: Cortez, 2009.


Elaborada pela pós-graduanda: Wanderléia Rocha de Carvalho


Educação Infantil e Registro de Práticas, faz parte da coleção Docência em Formação Educação Infantil, o livro busca evidenciar as possibilidades da prática do registro no processo de formação continua, colocando a prática de narrar os momentos das crianças na instituição uma forma de memorizar, incentivando os professores serem autores da sua própria prática.

A obra é dividida em quatro capítulos, sendo que o primeiro a autora procura conceituar o que seria o registro na Educação Infantil? Qual é sua importância? E de que forma poderia ser realizado este registro? Colocando a linguagem não verbal, como o desenho das crianças, uma maneira relevante de registro.

No segundo capitulo a autora cita o Referencial Curricular para a Educação Infantil (Brasil/MEC, 1998), reconhecendo as peculiaridades da Educação de crianças de até 6 anos, aponta a observação e o registro como instrumentos essenciais ao processo de avaliação da aprendizagem e do desenvolvimento.

Os registros que os professores faz a partir de suas observações, trazem um pouco da historia da Educação Infantil. Infelizmente a autora pesquisadora que foi em busca desta história encontrou poucos registros feitos por educadores, pois os registros eram práticas incomum nas décadas de 1920 e 1930, os registros encontrados foram em forma de relatórios mensais com dados a cerca da frequência e outros apenas burocráticos.

A autora propõe um registro permeado por uma concepção de professor autor de sua prática, constituindo importante contribuição, para a formação em serviço e para melhoria da qualidade do ensino, registrando não apenas para recuperar práticas, mas sim para refletir sobre elas, construindo novos caminhos para a escola pública de hoje.

Os registros devem ser valorizados, preservados, contribuindo para a construção da memória da Educação Infantil e da escola quando registramos nossa prática estamos garantindo as memórias para as futuras gerações, fazendo da escola um espaço de produção e transmissão de memória, sendo necessário à escola garantir espaço e tempo destinado a realização dos registros incorporando tal práticas ao processo de formação em serviços.

O oficio docente que era transmitido de geração em geração, em um processo que as professoras serviam de modelos a outras, indicando procedimentos e sugerindo estratégias. Foi ganhando outra forma a partir da introdução da psicologia no âmbito escolar responsável pela criação e disseminação de métodos mais adequados ao desenvolvimento da criança e à sua aprendizagem, assim a experiência docente foram sendo substituído pelo saberes da ciência. Intermediado pela narrativa é que o professor constrói sua própria teoria com base na reflexão sobre a prática e na atribuição de sentido às suas ações.

A partir da leitura realizada do livro da Amanda Cristina podemos concluir que ótimas experiências podem ser perdidas caso não termos a prática de registrar. Adotar registros como: planos, registros diários, portifólios, desenhos das crianças e fotografias são boas sugestões para quem queira ser autor da sua própria prática construindo memória para as gerações futuras.

Alem disso analisando e socializando nossos registros podemos perceber melhor o desenvolvimento dos alunos, onde erramos, onde acertamos, e com redirecionar melhor o trabalho.